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28/09/2017

Projeto de hospital infantil em Zurique usa arquitetura para melhorar o atendimento médico

Zurique, a maior cidade da Suíça deve receber em 2022 o maior Hospital Infantil do país. Muito além do tamanho, porém, o que chama atenção no complexo com cerca de 200 leitos é a disposição em usar a arquitetura para potencializar tratamentos médicos.

O projeto desenvolvido pelo escritório Herzog & De Meuron ficará em uma vizinhança residencial, cercada de verde e não só se preocupa em integrar todas as áreas internas de forma prática e bonita, mas também em aproxima a natureza do interior do complexo – deixando o ambiente significante mais acolhedor e valorizar o tratamento holístico, no qual o paciente é tratado de forma interdisciplinar, levando em conta corpo, mente e as interconexões entre diversas práticas da medicina.

No total serão construídos dois edifícios, um, na área sul, tem fachada arredondada voltada para Burghölzli – um antigo prédio que abriga a Universidade de Psiquiatria – conectando-se a ele através de um amplo pátio. Já o complementar, na área norte, apesar de seguir o mesmo padrão de fachadas circulares, é mais alto e abriga setores de pesquisa e salas de aula para os alunos da Universidade de Medicina.

Com três andares bastante horizontalizados – além do piso térreo, o edifício sul traz, no patamar mais baixo, e também mais acessível ao público, as áreas de exames e tratamentos mais frequentes, além das salas de emergência, de tratamento intensivo e algumas salas de operação.

Já no primeiro piso elevado, ficam o restaurante e algumas das salas dedicadas a terapia – todas conectadas por um jardim interno exclusivo para os pacientes. No segundo, por sua vez, fica a área administrativa, com mais de 600 estações de trabalho, todas orientadas para a área externa.

No último piso, o mais privativo deles, estão os 114 quartos dispostos de forma circular, também com orientação para área externa - todos projetados como pequenas casas, tendo até seu próprio telhado. Tudo para potencializar a sensação de privacidade das crianças e adolescentes ali internados.

É ainda neste andar que ficam as divisões de cardiologia, oncologia, nefrologia e neurologia, todos juntos para que os pacientes recebam tratamentos transdisciplinares nas proximidades do próprio quarto – sem precisar zanzar pelo hospital, pulando de especialidade para especialidade.

Mais do que isso, para valorizar a conversa entre mundo exterior e mundo interior proposta pelo projeto, os arquitetos propõe ainda que toda a distribuição do hospital siga os padrões de uma cidade: com ruas ligando diferentes áreas, cruzamentos indicando as conexões e quarteirões e bairros determinando as especialidades.

Fonte: Casa Vogue