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Primeira e única residência privada de Zaha Hadid é construída em floresta na Rússia
Em uma floresta nos arredores de Moscou, entre pinheiros e bétulas de 20 metros de altura, está a única residência particular projetada e construída por Zaha Hadid. Com uma forma definida por seu entorno, a Capital Hill Residence é dividida em dois componentes, um que se funde com a encosta inclinada e outro que se eleva 22 metros acima do solo para aproveitar as vistas espetaculares da paisagem natural.
Como muitas das obras públicas de Zaha Hadid, a Capital Hill Residence é definida por geometrias fluidas que emergem da paisagem. O projeto é organizado em quatro níveis, com os dois pavimentos mais baixos que abrigam a sala de estar, sala de jantar, cozinha, espaços de entretenimento, piscina coberta e áreas de lazer. O hall de entrada, biblioteca, quarto de hóspedes e sala de jogos para crianças ocupam o primeiro pavimento, enquanto as suítes e terraços exteriores, no nível superior elevado, emergem acima das copas das árvores para apreciar a vista.
Estes dois componentes principais do projeto são conectados por três colunas estruturais de concreto, com um elevador de vidro e uma escada alocados entre elas. Estas colunas atravessam a cobertura no primeiro pavimento, criando claraboias e uma entrada principal de pé-direito duplo. A cobertura é sustentada por uma estrutura de concreto de dupla curvatura que emoldura perspectivas da floresta e, ao mesmo tempo, compartimenta os espaços de convivência.
A Capital Hill Residence é, de certo modo, uma celebração do modernismo visionário inicial, do expressionismo ao construtivismo e da desmaterialização visual da arquitetura, fazendo com que ela pareça estar em movimento - como algo orgânico em vez de fixo e estático. Ela incorpora em sua forma uma noção de complexidade orgânica, arranjos espaciais e excelente habilidade construtiva. Porém, ela é ainda mais do que isso; ela é, nas palavras da arquiteta e do cliente, uma casa dos sonhos - é fantasia e realidade, uma ideia de arquitetura que ainda parece, de algum modo, impossível. - Financial Times
Fonte: Archdaily