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16/04/2018

Primeira e única residência privada de Zaha Hadid é construída em floresta na Rússia

Em uma floresta nos arredores de Moscou, entre pinheiros e bétulas de 20 metros de altura, está a única residência particular projetada e construída por Zaha Hadid. Com uma forma definida por seu entorno, a Capital Hill Residence é dividida em dois componentes, um que se funde com a encosta inclinada e outro que se eleva 22 metros acima do solo para aproveitar as vistas espetaculares da paisagem natural.

Como muitas das obras públicas de Zaha Hadid, a Capital Hill Residence é definida por geometrias fluidas que emergem da paisagem. O projeto é organizado em quatro níveis, com os dois pavimentos mais baixos que abrigam a sala de estar, sala de jantar, cozinha, espaços de entretenimento, piscina coberta e áreas de lazer. O hall de entrada, biblioteca, quarto de hóspedes e sala de jogos para crianças ocupam o primeiro pavimento, enquanto as suítes e terraços exteriores, no nível superior elevado, emergem acima das copas das árvores para apreciar a vista.

Estes dois componentes principais do projeto são conectados por três colunas estruturais de concreto, com um elevador de vidro e uma escada alocados entre elas. Estas colunas atravessam a cobertura no primeiro pavimento, criando claraboias e uma entrada principal de pé-direito duplo. A cobertura é sustentada por uma estrutura de concreto de dupla curvatura que emoldura perspectivas da floresta e, ao mesmo tempo, compartimenta os espaços de convivência.

“A Capital Hill Residence é, de certo modo, uma celebração do modernismo visionário inicial, do expressionismo ao construtivismo e da desmaterialização visual da arquitetura, fazendo com que ela pareça estar em movimento - como algo orgânico em vez de fixo e estático. Ela incorpora em sua forma uma noção de complexidade orgânica, arranjos espaciais e excelente habilidade construtiva. Porém, ela é ainda mais do que isso; ela é, nas palavras da arquiteta e do cliente, uma “casa dos sonhos” - é fantasia e realidade, uma ideia de arquitetura que ainda parece, de algum modo, impossível.” - Financial Times

Fonte: Archdaily