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Teatro Mataquito no Chile será construído em madeira laminada, como um exoesqueleto de múltiplas peças
No último 10 de agosto, a comunidade de Licantén (Chile) aprovou o novo projeto do arquiteto chileno Sebastián Irarrázavel. Trata-se do Teatro Licantén, um projeto construído principalmente em madeira laminada que contará com uma superfície de 2.500 metros quadrados e um investimento aproximado de 3.000 milhões de pesos chilenos (USD 4,47 milhões).
O Teatro Licantén é um projeto que faz uso da lei de doações culturais, sendo resultado de uma iniciativa público-privada na qual participam a Fundação La Fuente - gestores do Centro Cultural Arauco e a Biblioteca de Constituición - além da empresa Arauco e a Municipalidade de Licantén. Após sua aceitação por parte da comunidade, o próximo passo é "postular fundos regionais para o financiamento da sua construção", explica Irarrázaval.
"É uma base pública com pórticos e galerias e três volumes de maior altura que abrigam o foyer, as poltronas e o cenário", comenta o arquiteto chileno. Além disso, os painéis móveis e as poltronas retráteis permitirão que os espaços funcionem independentemente como salas de ensaio ou exibições.
Estruturalmente, o teatro está pensado como um "exoesqueleto de múltiplas peças que torna legível o transpasse das cargas verticais desde a cobertura até o solo e, de igual modo, permite ler a forma em que os esforços sísmicos horizontais são trabalhados. Os elementos secundários da estrutura são propostos em aço", segundo nos conta o arquiteto ganhador do terceiro lugar do ODA17.
Em relação ao perfilamento de cada um dos volumes maiores, "esse é o resultado de gerar não somente um remate formal na cobertura, mas também é a consequência de criar um brise que protege a madeira da exposição à chuva. Essa necessidade de garantir, por meio da forma, a duração da madeira no exterior, também é garantida com o fato de que os pilares de madeira nunca chegam diretamente ao solo mas são continuados por pilares de concreto, tanto aqueles que formam parte da base como os que formam parte dos 3 volumes maiores", finaliza Irarrázaval.
Fonte: ArchDaily