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12/11/2014

Projeto “The Gate Residence” propõe arquitetura inspirada em tecnologias capazes de minimizar o impacto ambiental

A fim de aumentar a conscientização da arquitetura sustentável verde, como uma ferramenta eficiente para o combate do aquecimento global, o arquiteto belga Vincent Callebaut projetou um complexo multiuso que combina estrutura vertical a um ecossistema denso e em constante metamorfose na cidade do Cairo, no Egito.

O projeto “The Gate Residence”, que na tradução literal seria algo como “A Residência Portão”, propõe um novo símbolo de arquitetura no país inspirado em tecnologias capazes de minimizar o impacto ambiental. Com base na norma de origem alem㠓Passivhaus” ou “Casa Passiva”, o empreendimento apresenta soluções modernas de energia renovável que chegam a reduzir o consumo em até 50%.

Composto por oito edifícios retangulares, organizados em torno de uma avenida central, o complexo contará com áreas comerciais e de varejo – locados nos primeiros pavimentos, a partir do térreo, que se relacionam diretamente com a rua adjacente –, e espaços residenciais distribuídos ao longo de nove níveis – ao todo são mil apartamentos previstos. Além disso, o programa também prevê quatro pisos de estacionamento subterrâneo.

Os três níveis comerciais apresentam duas tipologias de fachada: ora integra uma cortina transparente definida ao longo do calçadão – pontuada por muros verdes que indicam as principais entradas em direção às lojas e aos lobbies de cada bloco de apartamentos –; ora se molda na forma matemática dos diagramas de Voronoi em referência aos corais de recife. Cada uma destas elevações está ligada por passarelas que atravessam os terraços verdes dentro de cada pátio.

Os volumes são envolvidos e interconectados por um grande dossel metálico e ornamental, cuja cobertura se transforma num jardim de larga escala para a comunidade, que protagoniza mais uma fachada do projeto – um espaço repleto de áreas comuns com pomares, piscinas panorâmicas e instalações desportivas.

Dentre as tecnologias utilizadas o destaque fica para os “windcatchers” ou “captadores de ventos”, como direcionadores do fluxo de ar externo para o sistema de refrigeração passivo do prédio. Por meio do ambiente natural envolvente, outra maneira passiva leva o ar para tubos enterrados no solo antes de entrar no sistema de resfriamento, ajudando o conforto térmico nos períodos mais quentes e frios do ano.

Além disso, o complexo contará com outras tecnologias sustentáveis como paineis e tubos de aquecimento solares e turbinas eólicas. A previsão é que as obras sejam iniciadas em março de 2015 e finalizadas em 2019.

Fonte: Arq Bacana