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05/12/2014

Futuro complexo de três museus na China propõe a construção de um importante pólo turístico e de lazer

Inspirado na relação entre a arquitetura e a natureza, o arquiteto suíço Christian Kerez criou três museus distintos e porosos, porém marcados pela sua aparência orgânica e escultural, para desenvolver o plano do mais novo distrito cultural da cidade de Guangzhou, na China.

Planejado para ocupar uma extensa área de 555 mil m2, o projeto se estende ao longo das margens do rio ZhuJiang e propõe à região um importante pólo turístico e de lazer, como um retiro público protegido e distante do ambiente frenético e caótico do centro urbano.

O programa inclui a construção de um museu da cidade, uma galeria de arte e um museu de ciência, implantados no entorno do “Lingnan Square”, um parque ondulante que possui rios sinuosos e maciços de floresta nativa. O campo aberto deste oásis verde liga toda a área com a torre de observação “Canton Tower”, um dos edifícios mais emblemáticos de Guangzhou – projetada pelos arquitetos holandeses Mark Hemel e Barbara Kuit para uma emissora de televisão local.

Esta relação intimamente ligada entre a arquitetura e a natureza determinou a concepção e partido da proposta para uma nova tipologia escalonar. Os edifícios porosos, com sua aparência orgânica e escultural, assemelham-se as montanhas em um campo aberto de arroz, como são retratados em muitas pinturas chinesas.

A fachada distinta das edificações é inspirada na pedra de Taihu, tipo de rocha sedimentar que pode ser encontrada em cavernas de calcário. As formas dos museus combinam à arquitetura uma visão poética de “tempo, arte e espaço”, como uma imersão dentro de uma caverna atemporal, cujo espaço abrange aberturas e silhuetas curvilíneas nas paredes internas e externas.

No centro do plano de um dos prédios, por exemplo, a cúpula revela um grande vazio que ajuda a estabelecer uma paisagem mais íntima, enquanto a abertura circular na cobertura inunda o volume com luz natural. O terreno perpetua por dentro dos três museus – conectando de maneira holística as diversas instituições –, enquanto, as vias internas de circulação se estendem dentro do vasto espaço para incentivar a exploração.

O projeto procura apresentar uma versão dinâmica e vibrante de Guangzhou, de modo que a cidade construa uma reputação como um destino cosmopolita.

Fonte: Arq Bacana