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Para enfrentar seca, urbanistas querem transformar Los Angeles em uma "esponja"
Assim como São Paulo e outras grandes cidades brasileiras, Los Angeles passa por um período de seca extrema. O plano para amenizar a situação depende da captação de blocos de neve em montanhas no norte do estado da Califórnia que estão prestes a derreter com o fim do inverno no hemisfério norte.
Entretanto, especialistas e acadêmicos afirmam que somente mudanças urbanísticas poderão ajudar a cidade a superar a crise hídrica. As cidades nesta região não são projetadas para coletar as chuvas da região oeste da Califórnia. Captamos neve, e descartamos água da chuva. Precisamos encontrar soluções para mudar o ciclo hidrológico, afirma Hadley Arnold, fundador do Arid Lands Institute.
Ligada à Woodbury University, a equipe multidisciplinar do instituto propõe a criação de um sistema público-privado de armazenamento de águas pluviais, que abrangeria edifícios residenciais, comerciais, praças e ruas.
A cidade seria dividida em três zonas de acordo com a funcionalidade para a coleta, armazenamento e tratamento e distribuição. Em um mesmo bairro poderiam existir diversas zonas diferentes ou do mesmo tipo, que deveriam ser determinadas por profissionais qualificados.
Arquitetos e urbanistas da entidade também estão desenvolvendo soluções com base em sistemas naturais de filtragem, torres de água e jardins hidropônicos a serem instalados ao longo das fachadas dos edifícios.
De acordo com o instituto, cerca de 82% dos recursos hídricos utilizados em Los Angeles poderiam ser fornecidos por meio de águas pluviais, com baixo custo. A estimativa é de que a água da chuva desperdiçada poderia abastecer cerca de 2,5 milhões de cidadãos.
Fonte: Arcoweb