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Restauro do Museu de Arte da Pampulha tem início previsto para este ano
O edifício do Cassino foi um marco na arquitetura modernista mundial, sendo inaugurado em 1942. Construído para compor o conjunto arquitetônico da Pampulha, o prédio foi projetado por Oscar Niemeyer a pedido do então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek.
O uso do edifício como Cassino foi interrompido em 1946, quando foram proibidos os jogos de azar no Brasil. Ficou sem uso até 1957, quando foi criado o Museu de Arte de Belo Horizonte, atual Museu de Arte da Pampulha. Embora a edificação tenha passado por uma série de reformas para adaptação como Museu (1957-1959, 1984, 1995-1996, e 2005), ainda são necessárias adaptações de uso e restauro dos elementos arquitetônicos.
Além destas melhorias, o Cassino/MAP apresenta algumas carências para pleno funcionamento como museu. O edifício não possui espaços adequados para exposição, pois os grandes salões envidraçados não oferecem condições de controle de luz e temperatura. As reservas técnicas, adaptadas no nível inferior, têm problemas com excesso de umidade, além de não terem espaço suficiente para abrigar todo o acervo. A importância histórica do edifício e seu tombamento nos três níveis de patrimônio impedem soluções com ampliações ou interferências radicais.
Tendo essas questões em vista e com intuito de adequar às novas demandas, o MAP junto com Fundação Municipal de Cultura e a Prefeitura de Belo Horizonte solicitaram ao escritório Horizontes Arquitetura e Urbanismo, em 2012, o projeto para restauração do museu. A restauração integral do MAP é fundamental para reconhecimento do complexo da Pampulha como patrimônio mundial da humanidade pela Unesco.
A primeira etapa do projeto consistiu no levantamento cadastral, pesquisa histórica e diagnóstico de restauração que identificou que o edifício se encontra em mal estado de conservação. O projeto de restauração compreendeu a definição das técnicas necessárias para prolongar o tempo de vida útil da edificação, englobando não apenas sua restauração, mas também a adaptação ao uso como Museu. A partir dos estudos, optou-se pela intervenção mínima nos elementos que constituem a edificação e pelo aproveitamento máximo dos materiais e formas originais de sua arquitetura. O uso atual será mantido, com as alterações de ocupação de alguns espaços.
O projeto contempla a criação de setor educativo e biblioteca, readequação da área administrativa, valorização dos elementos existentes por meio de iluminação cênica e nova comunicação visual. Além disso, é prevista a restauração completa de todas as janelas, fachadas e materiais nobres de revestimento.
Foram desenvolvidos os projetos de arquitetura, restauração, aprovação nos órgãos de patrimônio, comunicação visual, luminotécnico e todos os projetos de engenharia necessárias para completa recuperação da estrutura e infraestrutura do edifício. A restauração ainda não foi iniciada, porém, o início das obras está previsto para este ano.
Fonte: Archdaily