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14/06/2016

Torre transforma vapor em água potável para regiões carentes

Água potável é um bem que ainda não está acessível a todas as pessoas no mundo. Pensando em uma solução prática para este problema, o arquiteto italiano Arturo Vittori criou a WarkaWater, uma torre que capta o vapor de água atmosférico e o transforma em água própria para o consumo.

O sistema não consiste em alta tecnologia. Pelo contrário, ele é tão simples que pode ser replicado em qualquer lugar. O melhor é que além de ser eficiente, o WarkaWater é bonito, assemelhando-se a uma grande escultura.

Os materiais utilizados por Vittori neste projeto são bambus ou talos de juncus, que foram o esqueleto da estrutura. Dentro elas são forradas com uma malha de plástico, semelhante aos sacos usados para transportar frutas e legumes. As fibras de nylon e polipropileno ajudam a captar as gotículas do orvalho e quando a água escorre ela é encaminhada a uma bacia, instalada na parte de baixo da torre.

Em declaração ao site Wired, o arquiteto explica que chegou a essa ideia após visitar o norte da Etiópia. “Lá, as pessoas vivem em um belo ambiente natural, mas muitas vezes sem água, eletricidade, um vaso sanitário ou um chuveiro funcionando”, declarou. O italiano ainda lembrou que a dificuldade para conseguir água no país africano é tão grande, que mães com filhos pequenos precisam andar quilômetros para chegar a lagoas contaminadas, expondo sua saúde e a de seus filhos a diversas doenças.

Sobre o WarkaWater, Vittori garante que a proposta é garantir água e sustentabilidade em todos os sentidos. “Uma vez que os habitantes locais têm o conhecimento necessário, eles são capazes de ensinar outras comunidades a construírem suas próprias torres.”

Cada um dos captadores de água custa, em média, US$ 550 e precisa de apenas uma semana e quatro pessoas para ser construído com materiais disponíveis localmente.

O arquiteto tem trabalhado há dois anos nesse projeto para torna-lo o mais eficiente possível. A escultura possui 195 quilos e oito metros de altura. Os dois primeiros sistemas foram construídos na Etiópia em 2015, mas o arquiteto está em busca de parceiros para levar a ideia para outras áreas necessitadas.

Fonte: Ciclo Vivo