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Dia Mundial do Urbanismo: Madri destrói avenida em marginal para construir parque linear de 42km
Madri não é apenas a capital espanhola, ela é também uma das maiores cidades europeias. Com seus mais de três milhões de habitantes, o município enfrenta muitos problemas comuns às metrópoles, como o trânsito e a falta de qualidade de área verde disponível aos moradores. Para resolver parcialmente este problema, a prefeitura local tem investido em soluções voltadas às pessoas e não apenas aos carros. Uma das grandes apostas foi a substituição da avenida na marginal do rio Manzanares por um parque linear.
A estrada, que antes transportara milhares de carros e possuía estruturas para mais de mil vagas de estacionamento subterrâneo, se transformou em uma enorme área de convivência, lazer e de resgate da biodiversidade local e da qualidade de vida dos moradores da região.
Assinado pelos arquitetos Gines Garrido e Adriaan Geuze, o parque linear foi apelidado de Madrid Río. O espaço concentra diversas opções de lazer e soluções que facilitam o deslocamento dos habitantes. Por ter 42 quilômetros de extensão, ele conecta vários bairros. Suas ciclovias e pistas de caminhada, cercadas por árvores e pelo próprio rio, permitem que as pessoas passeiem ou se desloquem entre os bairros com segurança. O parque ainda possui dezenas de estações de metrô e trem, que o conectam aos bairros mais periféricos.
O projeto trocou os mais de 200 mil carros que trafegavam pela avenida diariamente por onze novas áreas de lazer infantis, seis áreas de lazer para jovens e adultos, trinta quilômetros de ciclovias, 253 mil metros quadrados de áreas livres, que podem ser usadas para práticas esportivas diversas, 33 mil novas árvores e 429 hectares de zonas verdes.
A enorme área ao ar livre pode ser usada para o lazer e também para eventos culturais. Mas, a prefeitura também pretende transformar antigas estruturas nos arredores dos parques em centros culturas para exposições e aulas de dança e música.
O projeto foi idealizado pela prefeitura de Madri em 2007 e em 2011 já estava completamente finalizado. O que antes era apenas uma via exclusiva para o tráfego de veículos poluentes, hoje é um espaço que agrega vida e valo à cidade.
Fonte: Ciclo Vivo