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Zaha Hadid Architects divulga projeto para Memorial do Holocausto, em Londres
No segundo semestre de 2016, o governo britânico lançou uma competição internacional para a construção de um memorial em homenagem às vítimas e sobreviventes do holocausto. A iniciativa, para além da contemplação e respeito, como a de Berlim, ainda inclui a vontade de ter um espaço para as comemorações anuais do judaísmo e firmar a união entre as pessoas, contra ódio e preconceito. Entre os finalistas dos 10 projetos pré-selecionados, está o proposto pelo Zaha Hadid Architects.
O local escolhido pelo governo para sediar o memorial fica próximo ao Rio Tâmisa, em Londres, ao lado das construções do parlamento. Tendo o espaço já determinado, o escritório da emblemática arquiteta Zaha Hadid, em parceria com o artista plástico Anish Kapoor, então, desenvolveu uma escultura meio à natureza do parque ao redor, levando em conta a importância da contemplação da simplicidade para o judeus.
Meteoros, montanhas e pedras são o centro de lugares para reflexão, especialmente na tradição judaica. Eles invocam a vastidão da natureza para ser um testemunho da humanidade, descreve o comunicado oficial do escritório de arquitetura. Um memorial do holocausto precisa ser contemplativo e silencioso, invocando a empatia. É uma promessa para as próximas gerações que esse terrível evento na história não pode jamais acontecer novamente.
O conceito do projeto do Zaha Hadid Architects mescla o poder de um simples gesto com a força visual e cognitiva da arquitetura. Para tanto, foi pensado em um pequeno jardim de árvores ciprestes, que acompanham os visitantes até o monumento, feito de bronze em um senso de instabilidade visual, encaixado no chão e dividido em dois níveis.
O subsolo pode ser acessado por uma rampa, levando à parte inferior da grande rocha. Queríamos que as pessoas pudessem contemplar o objeto de baixo para cima também, com o efeito da luz natural entrando pelas aberturas superiores, comentam os arquitetos. Já para o nível do parque, há uma porta que dá acesso ao interior da rocha, fazendo aqui o momento de silêncio, total concentração e respeito. Tudo o que o mundo contemporâneo precisa nos dias atuais.
Fonte: Casa Vogue